31 de janeiro de 2013

Tem que ter sentidos (sim, no plural)

Quando penso em gastronomia, penso nos sentidos humanos que ela desperta e esse conjunto sensorial é que me causa tanta vontade em pesquisar, aprender, criar...
Parto do principio que gastronomia para mim é arte, e que dentre estas, talvez seja a unica que aguça os cinco mais conhecidos sentidos humanos: a visão, audição, tato, paladar e olfato.
Um prato precisa ser bonito, sua textura precisa ser sentida nas mãos ou nos lábios, o aroma e o som perceptíveis desde seu cozimento até estar servido. 
Tudo contribui para sensação de água na boca, que será saciada ao provar o alimento. 
Fantasiando..., o barulho do borbulhar de um molho, o ponto al dente da massa, o cheiro das ervas que o temperam, a harmonia das cores dos ingredientes e o sabor da obra de arte pronta, faz da gastronomia, pra mim, uma experiencia sensorial completa.
E para quem elabora o prato, os sentidos são complementados pelos de quem o saboreia.
Alimentar-se é fundamental aos seres vivos, mas acrescentar prazer e aguçar os sentidos, faz o verbo se tornar substantivo: gastronomia.

29 de janeiro de 2013

Decidindo o meio para chegar a outros meios.

Definido o caminho, era hora de definir como trilhá-lo. As pesquisas e conversas com os Chefs que citei, me ajudaram a decidir iniciar os estudos no Brasil. Há excelentes escolas no exterior, mas que exigem algum conhecimento básico que eu ainda não tenho, e cursar o básico lá sairia mais caro que no Brasil. 
Aqui há cursos de todos os tipos, conteúdos, preços e durações. Considerando qualidade, carga horária e investimento, optei pelo curso Chef de Cozinha ICIF - Formação Básica, oferecido em Flores da Cunha, cidade vizinha a Caxias do Sul, numa parceria entre o ICIF - Italian Culinary Institute for Foreigners e a UCS - Universidade de Caxias do Sul. O curso tem duração de quatro meses, com aulas de segunda a sexta das 9h as 17h, e carga de 664 horas. Um intensivo completo e com a vantagem de estar perto de casa, o que nesse momento representa menos uma mudança perante as tantas que estou fazendo.
Ao final do curso (junho), "N" fatores vão me ajudar a definir se sigo imediatamente para o mercado de trabalho ou se vou para Europa, provavelmente Itália, cursar um segundo módulo, que entre outras coisas, me proporcionaria estágios de alguns meses em alguns dos mais renomados restaurantes de lá. Essa segunda opção, é a que hoje mais me atrai. 
Mas como costumo dizer, cada pessoa que passa pela minha vida contribui para minha história e tem a possibilidade de mudar totalmente meu trajeto. Não porque sou volúvel, mas sim porque estou aberto a vida.
Se há 4 meses eu não sabia o que seria da minha vida hoje, daqui a 4 meses eu também tenho minhas dúvidas, mas isso não é problema e tão pouco me assusta.

24 de janeiro de 2013

E meus olhos brilharam!

E foi uma inquietação com uma carreira Administrativa/Comercial que me levou a querer trabalhar com a área criativa novamente. Analisei várias possibilidades, mas o tempo de formação e a possibilidade de experimentar um pouco da prática pesaram na decisão pela gastronomia.
Tive a chance de fazer aulas práticas na "Sal a Gosto", uma escola de Caxias do Sul, e colocar a "mão na massa". Foi numa dessas aulas, que meus olhos brilharam, que eu senti que aquelas descobertas eram o que eu queria sentir sempre. Pra quem é básico no assunto, isso nem é tão difícil, mas eu tenho a consciência de que passado o período inicial, as descobertas não só serão continuas, como a criação também fará parte desse processo.
Então era hora de começar a pensar na formação, e além das pesquisas que realizei, três conversas foram fundamentais para definir qual caminho seguir. Tive a atenção dos Chefs Gabriel Lourenço, Fernando Bertini e Marcelus Vieira. As conversas com eles foram fundamentais para definir qual modelo de curso era mais apropriado para esse inicio. 
E vale citar, que todo esse processo que durou alguns meses, teve o acompanhamento do meu analista Otávio Nunes, que me ajudou a descobrir e a fundamentar todas essas decisões. 
Compartilhar isso com amigos e família também foi importante, ainda que nesses casos, na maioria das vezes, filtramos o que queremos ouvir e ficamos só com o que é positivo. Mas é inegável, que filtrando ou não, o apoio foi quase incondicional.

22 de janeiro de 2013

Simples assim!?

Matricula feita!
Essa era a confirmação que eu esperava para dar o start ao blog, contar os detalhes a família, amigos, desconhecidos que possam se inspirar.
A decisão pela nova carreira foi tomada em novembro de 2012, dezembro foi o mês das definições, de como colocar isso em prática e janeiro o mês da ansiedade.
Inscrição feita, faltava a confirmação da matrícula, do inicio das aulas. Desligamento do trabalho acertado, faltavam datas, formas, detalhes. Algumas pessoas próximas sabendo, faltava confirmar, ter certeza, assumir.
Mas nem tudo dependia de mim. Sem a confirmação da matrícula, tudo poderia ter novo prazo, novo cenário, novos planos. Quanta certeza incerta.
Surgiu a ideia do Blog. Servirá para meu registro pessoal e que decidi ser público para que amigos e familiares compartilhem das minhas descobertas. Funcionará também como um treino, uma volta a escrita, algo que eu gosto muito e quero praticar seriamente (talvez profissionalmente) quando os conhecimentos de gastronomia me permitirem.
E fui escrevendo, escrevendo... já há vários posts programados para serem publicados contando os passos dessa reviravolta. Estarão no ar nos próximos dias, depois acredito que serão ao menos semanais, podendo ter frequência maior se as descobertas justificarem.
Não foi fácil controlar a vontade de colocar no ar, de contar a todos, de divulgar. Mas esperar pela confirmação, a certeza do inicio, era preciso.
Já o fim... ah o fim. Quando será? Se a paixão virar amor, não terá fim. Se for só paixão, logo descubro e mudo de novo.
Simples assim!?